Sônia Maria de Sousa: lista de
compras ficou mais restrita
A inflação, que significa o aumento dos níveis de preços, tem pesado no
bolso do brasileiro e os potiguares não escaparam ilesos, principalmente na
hora de ir ao supermercado ou de comer em bares e restaurantes. Dados do
Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema/RN)
mostram que a inflação dos alimentos foi quase três vezes maior que a média
geral na capital potiguar. Enquanto o Índice
de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 3,23%, o IPC de alimentos foi de 9,83%. O
índice foi registrado no primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período
de 2012, e foi sentido por consumidores como a artesã Sônia Maria de Sousa, que
compromete quase 50% da renda da família com alimentos e bebidas. “O peso é
muito grande. Por isso que quando o preço sobe, deixo de comprar um monte de
coisas. O primeiro item que reduzo é a carne”, relata Sônia. Restaurantes
também amargaram o peso do encarecimento e sentiram o impacto disso na receita.
Para o segundo semestre, assim como no âmbito nacional, a perspectiva no RN é,
porém, de que desaceleração nos preços. Nesta reportagem, a TRIBUNA DO NORTE
explica os motivos.
Alimentos catapultam inflação no RN
Andrielle Mendes - Repórter
A inflação tem corroído os rendimentos e mudado os hábitos de consumo
dos natalenses. A doméstica Maria Cícera Santos de Freitas, 49, que gasta quase
10% do salário com transporte público, por exemplo, abriu mão do lazer. A
artesã Sônia Maria de Sousa, 43, cortou alguns itens da lista de compras. E o
casal Leandro José Bezerra Santos, 27, e Elina Maria Pereira da Silva, 26, que
trabalha no comércio, passou a almoçar fora apenas nos feriados e finais de
semana. “Trazemos o almoço de casa na maioria das vezes, porque o custo está
muito alto”,
explica Leandro. Com a alta no preço de produtos e serviços como
alimentos, despesas pessoais, e transporte público, no último ano, Maria,
Sônia, Leandro e Elina tiveram que colocar os gastos na ponta do lápis e
‘apertar os cintos’ para reequilibrar as finanças. A razão é simples.
FONTE: TRIBUNA DO NORTE
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