Brasília
- Representantes de ministérios e instituições internacionais esperam
uma intensa troca de ideias no Simpósio Internacional sobre Drogas: da
Coerção à Coesão, iniciado hoje (9), em Brasília. A noite de abertura
teve a participação de representantes dos ministérios da Saúde, da
Justiça, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Cultura, além
da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Escritório das Nações
Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).
O simpósio vai até quarta-feira (11) e participam do evento
representantes do Uruguai, de Portugal, da Holanda, do Canadá, da
Argentina, do Chile e da República Checa, além do diretor do
International Drug Policy Consortium (IDPC), Mike Trace. O IDPC se
apresenta como uma rede mundial formada por 106 organizações não
governamentais (ONGs) que promove debates sobre políticas de drogas no
mundo. Vitor Maximiano, secretário nacional de Políticas sobre Drogas,
se mostrou animado com as possibilidades oferecidas durante evento. “É o
espaço para um debate absolutamente qualificado. Temos muito a aprender
com as contribuições internacionais”, disse.
Para Roberto Tykanori, coordenador de saúde mental do Ministério da
Saúde, os estados devem trabalhar para tornar a sociedade mais
consciente do problema das drogas. Na opinião dele, a coesão deixa as
pessoas mais resistentes aos problemas da droga e do crime. Já Rafael
Franzini, representante do Unodc no Brasil, alerta para a necessidade de
olhar para a questão da saúde pública quando se fala em uso de drogas.
“Esse debate procura mudar a visão sobre usuário de droga, mudar do
aspecto da violência para um aspecto mais humanista. Muitas vezes o
usuário é uma pessoa doente, que precisa que o Estado forneça o serviço
de saúde”.
Fonte:Agência Brasil
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