terça-feira, 16 de julho de 2013

MATERNIDADES DE NATAL ESTÃO NO LIMITE



“As maternidades de Natal estão funcionando com a capacidade máxima”. A afirmativa é do secretário adjunto da secretaria Municipal de Saúde (SMS), Ion de Andrade, que culpa a demanda oriunda do interior do Estado pela lotação nas três maternidades que estão sob a responsabilidade da Prefeitura do Natal. Somente neste ano, as maternidades das Quintas, Felipe Camarão e Leide Morais realizaram 1.146 partos. Cerca de 30% destes, foram em mulheres vindos de outros municípios potiguares.
A situação do atendimento materno-infantil na capital do Estado já foi alvo de ações judiciais. O Ministério Público Estadual (MPE) ingressou, ainda no ano passado, com uma ação que resultou numa decisão judicial obrigando o Município de Natal a melhorar o atendimento nas maternidades e oferecer o serviço de cesárias que, por determinado tempo, ficou suspenso. Ion de Andrade explica que a decisão foi cumprida pela atual administração, mas ressalta que ainda há problemas a serem solucionados. “O que gera essa crise que estamos presenciando é a quantidade de mulheres que dão à luz, em partos normais, em Natal”, disse.
O atendimento materno-infantil foi tema de uma reunião realizada na última segunda-feira na sede da secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Ion de Andrade participou do encontrou que contou com a participação de membros do MPE e do titular da Sesap, Luiz Roberto Fonseca. A secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) anunciou, durante reunião realizada ontem, uma série de medidas que visam a melhoria do atendimento na rede materno-infantil do Rio Grande do Norte. Entre os participantes, havia o consenso de que é preciso resolver a questão que envolve a vinda de pacientes do interior para a capital do Estado.
Diariamente, dezenas de ambulâncias chegam às portas das maternidades de Natal com pacientes das mais diversas regiões potiguares. São parturientes como a dona de casa Severina Oliveira, 33 anos, de Nova Cruz, município distante 93 quilômetros da capital.
Antes de ser atendida e dar à luz ao seu bebê, Severina percorreu quatro hospitais. No sábado passado, ela foi à Tibau do Sul. No dia seguinte, foi encaminhada para a Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), em Natal. Na MEJC, foi detectado que o caso não era de risco e, portanto, foi encaminhada para a Maternidade das Quintas. Lá, ela ficou um dia e, na última segunda-feira, foi levada, às pressas pelo Samu, para a Maternidade das Quintas.
Devido à peregrinação, Severina acabou contraindo uma infecção e, por causa disso, terá que ficar hospitalizada por mais alguns dias. A Maternidade das Quintas está lotada. Lá, são 30 leitos ao todo. A unidade realiza partos normais e cesárias. “É muito difícil ter algum leito desocupado. Estamos sempre lotados e muitos pacientes são do interior mesmo”, disse a diretora da maternidade, Aloma Tereza.
Fonte: Tribuna do Norte

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