Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prepara para o
próximo dia 10 um discurso em favor da intervenção militar na Síria. O
governo aguarda autorização do Congresso Nacional para deflagrar a
operação. Pela resolução em discussão, a ação deve ser de até 90 dias,
sem a presença de tropas. A medida divide a comunidade internacional,
pois vários países são contrários à ação.
A imprensa norte-americana informa que a ação na Síria deve ocorrer
nos próximos dias, às vésperas das lembranças dos atentados de 11 de
Setembro (de 2001). Internamente, a opinião pública norte-americana está
dividida sobre uma eventual guerra contra a Síria. Divergências que
Obama enfrenta no Parlamento e também na comunidade internacional.
Ontem (7), Obama reiterou o que considera ser “uma necessidade”
que é a intervenção militar na Síria. Ele defende a ação como resposta
aos supostos ataques com armas químicas, ocorridos no último dia 21,
matando mais de mil pessoas. Para os Estados Unidos, o governo do
presidente sírio, Bashar Al Assad, é o principal responsável pelos
ataques.
Obama disse que os norte-americanos não pretendem se envolver em uma
guerra tão longa quanto às registradas com o Iraque e o Afeganistão. Na
Cúpula de San Petersburgo, na Rússia, na semana passada, o presidente
norte-americano tentou ganhar mais apoio à operação militar. Mas, por
enquanto, apenas Reino Unido e França se declararam favoráveis à
intervenção.
A iniciativa do governo Obama será discutida nos próximos dias no
Senado e na Câmara dos Estados Unidos. O presidente tem apoio no Senado,
mas na Câmara a maioria é contra a operação militar. Rússia e China,
que têm direito a veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas,
também rejeitam a ação.
No último dia 6, a presidenta Dilma Rousseff reiterou que o Brasil
só apoia uma eventual intervenção militar na Síria, se for autorizada
pelo Conselho de Segurança. Segundo ela, no entanto, é inadmissível o
uso de armas químicas, em quaisquer situações. O assunto foi tema de
discussão dos líderes das 20 maiores economias mundias, o G20, na
Rússia.
Fonte: Agência Brasil
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