A senadora Fátima Bezerra (PT-RN)
destacou, em Plenário, nesta quarta-feira (25), a abertura de inquérito para
investigar o presidente do Democratas, senador José Agripino (RN). A pedido do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a ministra Carmen Lúcia, do
Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito para investigar se
o senador praticou o crime de corrupção.
A senadora fez questão de deixar
claro que, ao registrar o fato, não tinha a intenção de condenar
antecipadamente ninguém. “Ao contrário do que fez o nobre colega, por diversas
vezes, julgando e condenando seus adversários a partir apenas de denúncias ou
indícios, principalmente quando essas denúncias envolviam pessoas ligadas ao
meu partido, eu não vou me antecipar”, destacou Fátima.
A senadora informou que o pedido
de inquérito por parte do procurador-geral foi feito com base na delação
premiada do empresário do Rio Grande Norte George Olímpio, preso durante a
Operação Sinal Fechado, do Ministério Público daquele estado. Em depoimento
gravado, veiculado pela imprensa, George Olímpio diz que o senador pelo DEM
cobrou R$ 1 milhão de reais para permitir um esquema de corrupção no serviço de
inspeção veicular no estado, que na época era governado pelo DEM.
Fátima fez questão de lembrar que
o senador, que agora é investigado por corrupção, participou das últimas
manifestações de rua, justamente contra esse tipo de crime, quando chegou a
pedir o impeachment da presidente Dilma, sem nenhuma base jurídica. Mas
acrescentou que o senador não tem que temer que o Partido dos Trabalhadores aja
com ele da mesma forma: “Graças à presidente Dilma e a muitos outros que
tombaram na luta contra o arbítrio da ditadura militar e em favor da
redemocratização do país, hoje vivemos em um Estado Democrático de Direito, com
instituições democráticas sólidas, que garantem, ao senador Agripino e a quem
quer que seja acusado de algum crime, o devido processo legal, resguardado seu
direito de ampla defesa, o que ele fará em juízo”.
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